
Ela é autora de livros traduzidos em mais de 40 idiomas e com mais de 7 milhões de cópias vendidas, já figurou na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo publicada pela Revista Time e é protagonista de um reality show de sucesso mundial no Netflix.
Agora a japonesa, especialista em organização pessoal, Marie Kondo ganhou ainda mais destaque ao despertar a ira dos amantes dos livros. Em um episódio do seu programa – no Brasil chamado “Ordem na Casa com Marie Kondo”, ela aconselha um jovem casal a abrir mão da quase totalidade de seus livros em nome da organização. “Pegue cada livro em suas mãos e veja se ele traz alegria para você” é uma das recomendações da especialista duramente criticada na imprensa e nas mídias sociais.
Em artigo recente no Washington Post, Ron Charles afirma que “este é o conselho fundamental de Kondo, que ela aplica a tudo, desde meias incompatíveis até o antigo Tupperwares”. Para ele, o método Kondo pressupõe uma espécie de autoconsciência que nenhum verdadeiro amante da literatura realmente tem. “Nós não mantemos livros porque sabemos que ‘tipo de informação e importante para nós neste momento’. Nós os mantemos porque não sabemos”, defende Ron Charles, dono de uma biblioteca com milhares de volumes, sobre os quais diz: “Eles são uma mistura de boas lembranças, desafios intelectuais e prazeres futuros que não apenas acendem, mas aquecem toda a casa.”