Abaixo dez títulos essenciais para sua estante, conforme seleção da equipe do Aliás, do Estadão.
-“A Águia e o Leão”, Victor Hugo – Expressão Popular
Reúne escritos políticos do escritor Victor Hugo (1802-1885), como uma crítica à pena de morte, a defesa das liberdades democráticas e até um poema em homenagem aos mártires da Comuna de Paris.

-“O que é arte?”, Leon Tolstoi – Nova Fronteira
Publicado em 1898, é “um livro raivoso contra a arte de seu tempo”, onde não faltam críticas para pintores como Kandinski, poetas como Baudelaire e Verlaine, e ainda Ibsen e Beethoven.
-“O Desaparecimento de Josef Mengele”, Olivier Guez – Intrínseca
Vencedor do Renaudot de 2017, narra a trajetória do médico da SS, acolhido na Argentina durante o governo Perón e depois vivendo incógnito no Brasil durante o regime militar. “Um romance incômodo, de fôlego”.

-“eCultura: A Utopia Final”, Teixeira Coelho – Iluminuras
Investiga a cultura computacional e seus primórdios, sugerindo que os antigos construtores de pássaros mecânicos talvez tenham imaginado os primeiros drones da história.
-“Euclides da Cunha: Esboço Biográfico”, Roberto Ventura -Companhia das Letras
Edição ampliada de obra que aborda a impossibilidade de descrever a barbárie da guerra, ajudando o leitor a entender o conflito de Euclides como jornalista a serviço de um relato objetivo e, ao mesmo tempo, sensibilizado com a tragédia dos miseráveis.
-“Mil Sóis”, Primo Levi – Todavia
Reunião de poemas que mostra lado menos conhecido da obra do autor, entre outros, do livro “É Isto um Homem?”, considerado um dos principais testemunhos do Holocausto.

-“Serotonina”, Michel Houellebecq – Alfaguara
Narra a história de Florent-Claude Labrouste, homem em plena crise de meia-idade que sobrevive à base de antidepressivos e vê sua vida se despedaçar diante de si.
-“História da Solidão e dos Solitários”, Georges Minois – Unesp
Mostra como o isolamento proporcionado pelas novas tecnologias de comunicação é um fenômeno que pode ter suas raízes traçadas desde a antiguidade, desafiando a ideia tão estabelecida do ser humano como um “animal social”.
-“Contos Brutos”, org. de Anita Deak – Reformatório
Por meio de 33 contos, 30 deles inéditos, autores relevantes da literatura brasileira contemporânea mostram, em diferentes aspectos da vida, como se dá o autoritarismo desde as mais altas esferas do poder público até os mais íntimos círculos das relações humanas.

-“A Doença e o Tempo”, Eduardo Jardim – Bazar do Tempo
Percorre a história do vírus HIV, desde seu surgimento no território que hoje é o Congo, até os dias de hoje, mostrando seus desdobramentos na ciência, na medicina e, principalmente na cultura.