Ah, as listas. Em tempos de Coranavírus, já começaram a pipocar sugestões de livros “para enfrentar o confinamento”. Abaixo, a seleção da coluna “É Coisa Fina”, da Folha de São Paulo. Comentários adaptados da coluna e das apresentações das obras pelas editoras.

–“Afetos Ferozes”, Vivian Gornick
História de uma filha que perambula por Manhattan com a sua mãe, já idosa, tentando estabelecer com ela uma relação, quase impossível, de proximidade e carinho.
–“Pouco Amor Não É Amor”, Nelson Rodrigues
Livro de contos com todas as marcas do autor: muita ironia, muito exagero e muita gente que vive de pose sendo desnudada sem dó.
–“Isso Também Vai Passar”, Milena Busquets
O livro da escritora catalã é por Blanca, uma protagonista que é, ao mesmo tempo, tão sincera, perdida e divertida, que o leitor mergulha em seu luto (pesadíssimo) e em suas férias bastante sexuais e ensolaradas.

–“Do que É Feita a Maçã”, Amós Oz
Uma conversa do autor com uma amiga a respeito de tudo o que lhe inspira, lhe causa culpa e ainda sobre o amor, a paternidade e seus hábitos de escrita.
–“Coisa de Menina?”, Maria Homem e Contardo Calligaris
Conversa aberta e honesta da qual o leitor pode participar trancado em casa e ainda “sair” bem informado sobre as discussões de gênero e o feminismo.
–“O Lobo da Estepe”, Hermann Hesse
O protagonista, Harry Haller, de 50 anos, acredita que sua integridade depende da vida solitária que leva em meio às palavras de Goethe e das partituras de Mozart.

–“O Conceito da Angústia”, Kierkegaard
O pensador dinamarquês, com ironia socrática e muito humor, usa o pseudônimo Virgilius Haufniensis (o Vigia de Copenhague) para esclarecer psicologicamente o conceito da angústia, que reflete a dialética da responsabilidade do indivíduo e da herança do mal no gênero humano.
–“Formas de Voltar para Casa”, Alejandro Zambra
Terceiro romance do escritor chileno, narra as memórias de um homem cuja infância foi passada durante a ditadura do general Augusto Pinochet.
–“Dias de Abandono”, Elena Ferrante
Traída e se sentindo abandonada pelo marido, a protagonista Olga enfrenta conflitos internos em meio à nuvem cinzenta da desolação e da nova e inquietante realidade que se apresenta.
–“Quando os Pais se Separam”, Françoise Dolto
Editado na forma de uma grande entrevista conduzida por Inès Angelino, o livro é uma contribuição inestimável para a problemática das crianças atingidas pela separação dos país.