
Continua a triste escalada do empobrecimento cultural do país. Morreu na sexta-feira (29), aos 63 anos, vítima de um câncer no pâncreas, o jornalista e escritor Gilberto Dimenstein. Com uma carreira de sucesso na escrita, teve uma atuação destacada na cobertura jornalística de temas sociais, que marcaram também sua produção literária. É autor, entre outros títulos, de “A República dos Padrinhos: Chantagem e Corrupção em Brasília” (1988), “As Armadilhas do Poder – Bastidores da imprensa” (1990), “A Guerra dos Meninos – Assassinatos de Menores no Brasil” (1995), “A Democracia em Pedaços” (1996), “O Aprendiz do Futuro” (1997), “O Mistério das Bolas de Gude” (2006), “Fomos Maus Alunos” (2009) e vários outros, em parceria com outros autores, como “O Brasil na Ponta da Língua” (2002), com Pasquale Cipro Neto; “Prazer em Conhecer” (2008), com Miguel Nicolelis e Drauzio Varella e “É Rindo que se Aprende” (2011), com Marcelo Tas.
Dimenstein se dedicou ainda a projetos educacionais, era presidente do conselho da Orquestra Sinfônica de Heliópolis, em São Paulo, e membro do conselho consultivo do Museu do Amanhã, no Rio. Foi também criador do site Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle em 2012 e apontado pela Universidade de Oxford, BBC e Financial Times como uma das mais importantes inovações digitais de impacto social no mundo em 2013.