
Para celebrar os 100 anos de nascimento de Clarice Lispector, completados no próximo dia 10, a Folha de São Paulo publicou recentemente uma série de matérias especiais sobre a escritora. Em uma delas selecionou dez frases da escritora, conhecida também pela sua habilidade com as máximas curtas e diretas. Confira:
“Continuo sempre me inaugurando, abrindo e fechando círculos de vida, jogando-os de lado, murchos, cheios de passado.” – Perto do Coração Selvagem
“Escrever sempre me foi difícil, embora tivesse partido do que se chama vocação. Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir.” – A Descoberta do Mundo
“Quem já não se perguntou: sou um monstro ou isto é ser uma pessoa?” – A Hora da Estrela
“Escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida.” – Um Sopro de Vida
“Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada.” Água Viva
“A loucura é vizinha da mais cruel sensatez.” – Aprendendo a Viver
“Mas existe um grande, o maior obstáculo para eu ir adiante: eu mesma. Tenho sido a maior dificuldade no meu caminho. É com enorme esforço que consigo me sobrepor a mim mesma.” – Um Aprendizado ou o Livro dos Prazeres
“Não muda nada. Escrevo sem esperança de que alguma coisa que eu escreva possa mudar o que quer que seja. Não muda nada.” Entrevista ao programa “Panorama”
“Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome.” – Perto do Coração Selvagem
“Escrevo simplesmente. Como quem vive. Por isso todas as vezes que fui tentada a deixar de escrever, não consegui. Não tenho vocação para o suicídio.” Depoimento a Olga Borelli.