
No próximo dia 29 completam-se 112 anos do falecimento, se não do mais amado, do mais comentado autor brasileiro de todos os tempos: Machado de Assis. E é um desses aspectos, os comentários feitos por outros escritores, que o professor titular de Teoria Literária da Unicamp, Alcir Pécora, aborda em extenso artigo sobre os elementos que moldaram as diferentes visões sobre o autor de “Dom Casmurro” (https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2020/09/origem-social-raca-e-repudio-modernista-moldaram-visoes-sobre-machado.shtml – para assinantes). Na base da análise está o livro lançado em 2018 pela Imprensa Oficial “Escritor por Escritor: Machado de Assis Segundo Seus Pares”, uma antologia de textos de autores brasileiros que escreveram sobre Machado a partir do ano de sua morte em 1908 até 100 anos depois. Machado, como lembra o texto, teve sua vida e obra cercada por acalorados debates envolvendo de questões raciais relativas a sua ascensão social como negro em uma sociedade escravocrata, a traição ou não de Capitu e a incompreensão dos modernistas sobre seu valor literário.